22 de agosto de 2011

Cromoterapia: tratamento através das cores


   "A cromoterapia ou colorterapia é a ciência que emprega as diferentes cores para alterar ou manter as vibrações do corpo naquela frequência que resulta em saúde, bem estar, harmonia". (AMBER, 1995, p. 13).
    A Cromoterapia é o uso terapêutico das cores. É reconhecida pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como terapia alternativa ou complementar desde 1976. Entretanto, não é reconhecida pela comunidade científica - apesar de sua teoria estar pautada em evidências da física moderna.
    O espectro de luz visível assume diversas cores em função do comprimento de onda, assim as diferentes cores do espectro visual estão contidas na luz e por ela são refletidas. As cores são energias específicas, que estão contidas dentro da luz e agem sobre as nossas funções vitais.

   Como pode ser explicado o efeito das cores?

   No século XVII Newton demonstrou que a luz branca ao passar por um prisma de quartzo se decompõe em sete frequências monocromáticas conhecidas como as cores vermelho, laranja, amarelo, verde, azul turqueza, azul índigo e violeta. Cada cor corresponde a um certo comprimento de onda e este, por sua vez, a um certo número de oscilações da luz. Na física entende-se por vibração o movimento regular dentro de certos limites. A quantidade de movimentos dentro de um determinado tempo é chamado de frequência.
   Em 1886 Heinrich Hertz estudou o efeito fotoelétrico, afirmando que a luz pode alterar a composição elétrica de qualquer substância material. Independente de sua cor, a luz afeta a estrutura de nossas células porque os tecidos biológicos dependem da atividade elétrica para existirem (podemos citar como exemplo o funcionamento dos neurônios). A luz interage com a matéria e assim a energia da luz é transferida aos elétrons contidos na matéria.
   Outro estudioso, Dr. Niel Fisen, foi premiado com o Prêmio Nobel de Medicina em 1903 por suas pesquisas sobre a influência da luz e da cor no tratamento de doenças, sendo considerado o fundador da phototerapia.
   Já em 1905, Einsten, através da sua Teoria da Relatividade, demonstrou a Teoria Corpuscular da Luz; em que afirmava que a luz é composta por fótons (unidade básica) e que possui uma natureza dual, ora é partícula (matéria), ora é onda (energia).
  Dr. Fritz-Albert Popp, físico, desenvolveu a Teoria dos Biofótons que trata da biologia da luz. Ele demonstrou que todas as células de um organismo vivo são luminosas, se comunicam entre si e respondem à irradiação de luz e suas frequências. Com isso, qualquer célula pode ter sua frequência vibratória alterada se entrar em contato com a luz. Quando as luzes coloridas entram em contato com a pele, suas informações são transmitidas ao cérebro que administra o sistema endócrino. De acordo com o princípio da ressonância a menor oscilação iniciará o maior efeito. A terapia das cores procura utilizar esse efeito.
  "A excitação é um processo físico no qual os impulsos elétricos são enviados ao longo dos caminhos nervosos (através de íons de sódio) à área da hipófise e do hipotálamo, que controlam e regulam as funções vitais. Com a ajuda dos biofótons e elétrons, o impulso então difunde, via estrutura atômica das células, à área do órgão em questão, onde a reação endócrina se manifesta. Portanto, os impulsos energéticos das cores são capazes de corrigir irregularidades celulares, desta forma corrigindo perturbações funcionais". (BALLAN, 2010).
   Ao que parece, esse efeito se dá através do sistema dos meridianos da Medicina Tradicional Chinesa também, porque a profundidade de penetração da luz dentro do tecido é relativamente pequena. Os meridianos são canais de energia que passam por todo o corpo humano. Eles são responsáveis pelas funções vitais das células, tecidos e órgãos, carregando a energia vital necessária dentro de suas áreas.
   A prática de cromoterapia, segue a linha de cromopuntura (que une as técnicas de acupuntura e cromoterapia, principalmente), criada na década de 70 na Alemanha, pelo Dr. Peter Mandel. É uma terapia embasada nas pesquisas dos biofótons, feitas pelo biofísico Fritz Albert Popp. (MANDEL, 1986). Caracteriza-se pelo estímulo dos pontos de acupuntura (acupontos) e  meridianos (canais) utilizando-se da cor e, através dela, busca-se reequilibrar os sistemas de órgãos do corpo. Os acupontos não só absorvem o Qi (energia), mas também recebem e transmitem a luz por todo o sistema de meridianos do corpo. (GERBER, 2000).
    Para Mandel, quando a cor gera um impulso elétrico que chega ao cérebro, ela coordena os órgãos de produção endócrina (uma vez que a luz atua diretamente sobre a glâdula pineal). Essa glândula é a responsável pelo controle de todos os processos hormonais e imunológicos do organismo, através da secreção do hormônio melatonina. (PAGNAMENTA, 1998). Assim, quando estamos em desequilíbrio (físico ou emocional) e fazemos uso da cromoterapia, mandamos um estímulo para a glândula pineal regular a produção hormonal, e retornamos ao nosso estado de equilíbrio dinâmico (popularmente conhecido como saúde).
    "A cromopuntura com suas possibilidades terapêuticas leva-nos a uma profunda mudança não só do corpo, mas também das emoções e da forma de pensar". (PAGNAMENTA, 1998).
     As cores podem ser utilizadas de muitas maneiras: através de alimentos, do vestuário, de tratamentos com lâmpadas ou lanternas específicas em regiões do corpo, mentalizações, utilização de gemas (rochas ou minerais) entre outros.
     A cromoterapia procura reequilibrar os distúrbios energéticos básicos que produzem os sintomas (e que, posteriormente podem desencadear doenças), atuando sobre a pessoa como um todo, ou seja, atua tanto no tratamento de distúrbios energéticos como na prevenção dos mesmos. (MANDEL, 1986).


Referências

AMBER, Reuben. Cromoterapia: a cura através das cores. São Paulo: Ed. Cultrix, 1995.

BALLAN, Simone. Cromoterapia para tratamentos físicos e emocionais. Cosmetologia e estética com Simone Ballan. 25 ago. 2010. Disponível em: <http://simoneballan.blogspot.com/2010/08/cromoterapia-para-tratamentos-fisicos-e.html>. Acesso em: 13 jul. 2011.

GERBER, Richard. Um guia prático  de medicina vibracional. São Paulo: Cultrix, 2000.

MANDEL, Peter. Compendio prático de colorpuncture. Ditton Energetik, Bruschal, Alemanha, 1986.

OLIVER, Nathália. A influência da acupuntura na vibração dos chakras. In: HELLMAN, Fernando; WEDEKIN, Luana Maribele (Org.). O livro das interagências: estudos de caso em Naturologia. Tubaração, SC: Ed. Unisul, 2008. p. 65-81.

PADRINI, Francesco; LUCHERONI, Maria Tereza. Cromoterapia: como curárse con los colores. Editorial de Joceh, 2004.

PAGNAMENTA, Neeresh F.. Cromoterapia para crianças: o caminho da cura. São Paulo: Ed. Madras, 1998. 166 p.

SOPHIA, Moriel. Cromoterapia: qualidade das cores e técnica de aplicação. São Paulo, SP: Ed. Roca, 2005.

SOUZA, Jackson Diogo S. Apostila de Cromoterapia. Palhoça, 2008. Apostila da disciplina de Cromoterapia do curso de Naturologia Aplicada da UNISUL.

VALCAPELLI. Cromoterapia: a cor e você. 6. ed. São Paulo: ED. Roca, 2005.



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